Monday, March 24, 2008

O nome dela é... Alicia Keys

Já voltei de Amesterdão já! Não fiz mais posts na Holanda por causa da internet e quando voltei podia ter posto aqui as fotos das 50 tulipas a 10 euros, mas sinceramente, tinha mais que fazer! ;)

Este post tem um único propósito: deixar todos aqueles que não tiveram a sorte de ir na quarta feira passada a Lisboa roídos de inveja!

Quem não foi fez mal! A mulher é uma artistona sem comparação! Faz um espectáculo fenomenal! Demonstra uma maturidade em palco de quem já anda no mundo da música há séculos e não de quem tem 28 anitos! Interacção com o público - 5 estrelas! Um concerto onde o ritmo se manteve, apesar das partes mais calmas ao piano! E já nem vou falar das capacidades vocais desta menina: não falha uma única nota, o que é de louvar, visto que muitas das supostas artistas que para aí andam, chegam aos concertos e estragam tudo o que é nota ou cantam em playback! A Alicinha não canta em playback, dança, toca, faz tudo! Já era fã, agora sou fanática!

AH um nome a reter é o de Jermaine Paul: backup singer da Alicia, cheio de voz e com muita saúdinha! ;)

Se a minha pequena descrição não chegar para as vossas mentes, deixo-vos a reportagem da Sílvia Pereira no Público...

Alicia Keys: como lavar e encher a alma

O espectáculo começa com um vídeo que mostra um grupo gospel entregue a uma prece numa igreja. Não é uma igreja qualquer. É – simboliza – o modesto palco que primeiro testemunhou o talento da "pequena Alicia", como é apresentada pelo pastor, que a lança numa "viagem pelo mundo". Essa viagem trouxe-a a Lisboa pela segunda vez ontem à noite, onde colheu as sementes da boa memória deixada no Rock In Rio em 2004 e plantou outras tantas, com uma actuação que lavou e encheu a alma dos milhares de pessoas que a receberam num Pavilhão Atlântico esgotado.

A quantidade de "tour buses" à porta de serviço antecipa a grande produção que encontramos lá dentro: um palco com dois níveis em altura, todo ele ecrã. Patrice, o autor de "Nile", abre a noite em formato mais modesto, espalhando o seu reggae, numa actuação curta, por uma sala ainda a compor-se. Despede-se com "Soul storm", ciente da popularidade do tema e do quanto se adequa ao que se vai passar a seguir, quando passar o testemunho a Alicia Keys.

À saída da "pequena Alicia" da igreja, no vídeo, segue-se a entrada da "grande Alicia" em palco – grande em graça, classe, carisma, postura, sensualidade, voz. O concerto que se segue é tecnicamente perfeito (a acústica nem parece a do Atlântico, que tanto tem o hábito de trair os seus artistas), vem marcado pela simpatia e entrega de Alicia, é pautado por arranjos ligeiramente diferentes às canções e só peca, aqui e ali, por momentos que quebram a dinâmica geral (mas sem quaisquer traços soporíferos). "O meu nome é Alicia Keys", apresenta-se ela em português correctíssimo (alguém a recomende para aulas de pronúncia a outros artistas). Isto só no caso de "You don’t know my name". Cortina e palco tornam-se vermelhos e estamos num "Moulin rouge" que deixa brilhar as três vozes femininas que a acompanham, qualquer uma com personalidade vocal para ser atirada ao mundo. Por esta altura é evidente que o concerto vai alternar entre momentos de cor(eografias) e outros de maior intimismo em que, ao piano, Alicia vai revelando as páginas do seu diário.

O motivo do concerto é o último álbum, "As I Am". É de lá que vêm momentos como "Prelude to a kiss", balada dedicada às crianças africanas e pretexto para o apelo à participação numa campanha: "Toda a gente precisa de um anjo em alguma altura da sua vida", explica. "E todos o podemos ser o anjo de alguém". Mais uma dedicatória, desta vez a todas as super-mulheres (e aos homens que reconhecem uma quando a vêem): "Superwoman". "I need you", "Sure looks good to me" e "Like you'll never see me again" são outros dos novos temas.

A apresentação de "As I Am" é proporcional à visita aos álbuns anteriores. Para bem da alma dos fãs e do equilíbrio do alinhamento, não podiam ficar de fora temas como "Heartburn", "Butterflyz", "How come you don't call" (o público abafa-a com aplausos, Alicia pára, levanta-se, agradece e, em boa resignação, retoma o ritmo vocal ascendente, para voltar a ser abafada), "A woman's worth" (com um toque de reggae que a aproxima do poder intemporal de "No woman no cry"), "Diary" (um dos momentos mais bonitos da noite – palmas para Jermaine Paul) ou "Karma". "Fallin'", o rastilho de todo o sucesso que aqui se vê, é sabiamente guardado para o final, atiçando o trio de canções que vão rematar a noite. Correram quase duas horas de concerto, a porta fecha-se atrás de Alicia, mas ainda é cedo para o final. O pastor regressa ao ecrã para dar mais um empurrão. Ela regressa para "No one", o badalado single de "As I Am". Agora sim, terminou. Não, ainda não. Só há uma maneira de silenciar o público: voltar, agradecer com comoção o amor dos fãs e dedicar-lhes "If I ain't got you". Amor com amor se paga – a entrega de parte a parte deixa facilmente imaginar o clímax em que o concerto termina.

"Soul sister" de respeito

As luzes acendem-se e fica mais clara a diversidade dos rostos que compõem a multidão. Há uma maioria de mulheres, mas também há pais que trazem crianças e homens que pagam bilhete para vir com os amigos. Não é muito comum ver tamanha concentração de fãs do género masculino no espectáculo de uma cantora desta dimensão. Não sejamos ingénuos ao ponto de negar o "sex appeal" de Alicia, nem redutores ao ponto de atribuir a presença masculina apenas à sua beleza e sensualidade (no concerto de Beyoncé, por exemplo, havia rapazes, mas a maior parte ia acompanhado das respectivas).

Reconhece-se nesta "soul sister" um exemplo de seriedade e profissionalismo que transcende essas e outras matérias. Aparentemente, e ao contrário de outras vedetas, não se vislumbra por ali qualquer tipo de plástico. É uma estrela, mas não tem a atitude de quem está a anos-luz do comum dos mortais. É linda, mas prefere não cair nas imagens esterotipadas da mulher – e porventura gastas –, veiculadas por outros nomes do género. Não é uma diva, apesar de merecer totalmente o título. Apresenta-se como uma rapariga como as outras, que só foi diferente porque acreditou no sonho que tinha quando ainda cantava no coro da igreja de Hell's Kitchen. É esta a sua mensagem.

O resto é respeito. Alicia tem um monte de Grammys em cima da lareira que asseguram o aval da crítica, tem fãs das mais diversas estirpes musicais, tem uma segurança e pulso no que faz que desmente os seus 28 anos e tem a coragem de montar um espectáculo de encher o olho q.b. sem cair na vulgaridade nem recear perder a credibilidade que decorre desta sua aura de autenticidade.

Cenários e coreografias funcionam como ilustração, não como manobra de diversão. É importante que se oiça cada acorde do seu piano – que, juramos, é onde se sente mais feliz –; que se oiça cada curva e contracurva da sua voz certeira, cheia, ligeiramente rouca; que a força da interpretação e das palavras sirvam de inspiração. Terá alguma mulher – ou homem – saído de um concerto de Alicia Keys com garra para fazer das fraquezas força e com vontade de agarrar o mundo? Muitas, sem dúvida. É façanha que tem muito de rara e muito pouco de "pequena".



O concerto deu para tudo: dançar, cantar, rir e chorar... A mulher emociona e eu não sou de ferro!

Aqui ficam alguns vídeos do concerto! Os que eu fiz têm um som muito foleiro: é o que dá tar à frente, a poucos metros da artista...

ALICIA: ÉS FENOMENAL!!! VOLTA SEMPRE =D
Obrigada às minhas fantásticas companheiras de viagem!!! E aos senhores e senhoras que fomos vendo na autoestrada e que não levaram a mal as minhas figuras tristes! =D


Like you'll never see me again



No one



O final do concerto... If I ain't got you

1 comment:

eli said...

Some people live for the fortune
Some people live just for the fame
Some people live for the power, yeah
Some people live just to play the game
Some people think that the physical things
Define what's within
And I've been there before
But that life's a bore
So full of the superficial
...

so pa ti ;)

repito o dia sempre k kiseres =p

wobe u girl